Casas Novas: um refúgio no campo a 1h do Porto

Às vezes, tudo o que precisamos é de uma pausa estratégica da vida, um reset mental num lugar onde o tempo corre mais devagar. Era exatamente isso que procurava, um lugar onde olhasse para o relógio e os já’s da cidade fosse substituídos por ainda’s. E foi o que encontrei, no Casas Novas Countryside Hotel, em Redondelo, Chaves.

Um solar de estilo barroco do século XVIII, é agora um hotel rural de charme, inserido numa propriedade de mais de 22000 m2. Um espaço rural, mas moderno, totalmente integrado na paisagem campestre que o envolve. E se esta descrição não vos fez abrir o booking.com, vou deixar-vos com a minha experiência.

Minha, nossa, já que fui com a minha amiga Maria. (Ps: tempo para os amigos, one-on-one é tão bom e importante! Sinto que a nossa relação de amigas se reciclou; pudemos conversar mais do que as trivialidades do dia-a-dia e, verdadeiramente, estar.) Eu queria relaxar, recentrar e documentar a fase tão importante da minha vida pela qual estou a passar. A Maria queria concentrar-se para criar e inspirar-se. Entre a tranquilidade absoluta, o conforto delicioso e a paisagem envolvente, encontramos exatamente o que precisávamos.

Quando escolhemos o Casas Novas, as expectativas de que cumpriríamos os nossos objetivos eram altas, o que não esperávamos é que as superássemos. A razão?

As pessoas, sempre as pessoas. O staff é de uma simpatia genuína. Destaque especial para a Irina, apesar de todas as pessoas serem realmente simpaticíssimas. O seu olhar e sorriso doces fizeram-me sentir mal sempre que lhe pedia ou perguntava alguma coisa, não a queria chatear ou incomodar! Mas todos os pedidos foram desculpados com um sorriso tímido mas caloroso. Pequenos gestos fazem a diferença e a hospitalidade aqui é um ponto forte. Mas não é o único:

  • Quartos grandes e acolhedores. Parecem opostos mas aqui é um encontro.
  • Uma zona de estar com duas lareiras, televisão e Netflix à disposição, foram um dos cenários para deixar voar a minha caneta no papel. E quando o sol brilhava alto, a zona exterior, quer a varanda do quarto com vista para o pasto e onde o silêncio só é interrompido por passarinhos em ensaios para o The Voice ou alguns meh-meh ou as mesas e cadeiras no primeiro piso do solar.
  • E depois da to do list checked, o spa. Piscina interior (e exterior, mas estavam 6º), jacuzzi, sauna e banho turco. Fizemos check em todos.
  • A minha refeição preferida do dia, o pequeno-almoço, acompanha a qualidade gastronómica de toda a região. No último dia até nos ofereceram pão caseiro com bacon! O hotel tem restaurante mas como fomos almoçar (muito e bem ou não estamos no Norte?) aos restaurantes da região, acabamos por apenas pedir sopa e entradas, óptimas.
  • O campo de futebol e o parque infantil.

E quanto aos restaurantes da zona, são mesmo uma experiência gastronómica imperdível, mas uma armadilha para a produtividade. Fomos e repetimos o Aprígio, comida portuguesa, despretenciosa, simples, deliciosa. Depois de almoço só nos apetecia simplesmente… existir. O que poderá ou não ter acontecido, mas como no campo ganhamos tempo, tivemos tempo para tudo. Ficou a promessa de voltarmos a um domingo, para o cabrito e os pastéis de chaves cozinhados ao mesmo tempo.

O Casas Novas é um verdadeiro cartão de visita da região e um convite irresistível para quem procura equilíbrio entre descanso, inspiração e boa comida. E fica a 1h20 do Porto.

Voltamos com saudades e com uma única certeza: já estamos a contar os dias para voltar, desta vez a 4.

#TheGlitterDream