2024 foi o ano dos bag charms. De ursinhos a cãezinhos, cerejas e arco-íris, vimos de tudo (literalmente tudo) pendurados nas carteiras das fashion-girls e simpatizantes. Em 2025, a marca americana Coach deixa cair os charms das carteiras mas não ao chão, uns cm’s acima: nos sapatos e eu estou obcecada.
Tenho de admitir que me irrita [pessoalmente] ver alguma coisa nas redes sociais e pensar “quero!” Tenho-me naquela conta recheada (só mesmo esta :p) de mim própria, de que gosto de coisas que são um resultado de várias coisas que vejo e me inspiram e não diretamente alguma coisa que vi em alguém e que quero de imediato. É uma espécie de assalto ao meu cofre de ideias, como se alguém tivesse tido uma ideia que deveria ter sido minha. Em minha defesa isto raramente acontece; posso dizer-vos que em 2024 só aconteceu com a capa de iPhone da Rhode (depois desta introdução tão supimpa e cheia de mim mesma, esperavam mais, eu sei. Basic bitch pensam vocês, dar a mão à palmatória a um produto de marketing absolutamente genial, digo eu. Ainda podia argumentar que queria perceber o hype, que faz parte do meu trabalho, mas não vou o fazer. Aceito a vossa classificação primeira) e, vá, com as minhas adoradas Nike Shox x Martine Rose, que vi no Kendrick Lamar e na Hailey Bieber e fiquei obcecada não só até as ter, porque continuo obcecada).
Ainda estamos em Fevereiro (ok, no último dia de) e já tenho uma obsessão. A Coach foi muiiiiiiiito inteligente nas pessoas escolhidas para a sua campanha de marketing de influência para o lançamento deste produto, pelo menos para mim. Qual não é o meu espanto quando vejo a Melody Ehsani com uns dados nas sapatilhas. Uns dados! Daqueles que quase todos os carros do Pimp My Ride (Gen Zs não vão conhecer a referência) tinham pendurados no retrovisor. Contexto: a Melody Ehsani é uma designer americana, com uma estética 100% my jam. I just love her. Tem, aliás, algumas colaborações com marcas e as suas Jordan 1 Mid são um dos meus 3 itens que se a casa pegasse fogo, vinham comigo. E tanto estas como as Jordan OG, possuem shoe charms, pelo que a equipa de marketing da Coach, realmente, sabia o que estava a fazer.


Agora que racionalizei este meu desejo pelos charms da Coach, percebo que afinal não foi um impulso vazio movido a dopamina instantânea. É um amor antigo, já que sou possuidora destes relógios e cerejas. Já estou mais calma e por isso já vos posso mostrar os charms da Coach.



Um carro clássico, um bambi, um dado… Mas calma, não acaba aqui. Faltam o meu personal fav e o que sei que alguém cujo nome começa por C e apelido rima com madeira vai adorar:



Sim, eu preciso de mais um motivo para morrer de saudades de New York. E sim, a única coisa em formato unicórnio que a Carina não deve ter, é um shoe charm. Fair enough?
Não há Charm sem senão
É verdade. Quando algo é realmente perfeito e entra diretamente para o pódio da wishlist, tem de ter algum defeito e neste caso tem dois: O preço (o táxi custa 95€) e… não estão à venda em Portugal.
Na realidade ainda bem. Estes desejos obsessivos normalmente vêm acompanhados de um add to cart impulsivo e se desse para comprar, provavelmente já teria gasto 20 contos (mais uma que a Gen Z não vai perceber) numa coisa que verdadeiramente não preciso. Mas quero. Mas não preciso.
E se há algo que não ser Gen Z me ensinou (bela forma de dizer que não vou para nova) é que os impulsos não valem a pena. Principalmente estes e destes preços. A regra que aplico às compras é que tenho de continuar a pensar nos objetos de desejo dias, semanas, meses (o tempo aumenta em proporção ao preço) e só se ainda quiser comprar passado este tempo, é porque realmente quero. Passou o teste do tempo? Ali, dissemos que era amor para a vida toda. Apenas ficou uma memória de carinho por algo que em tempos gostamos? Deixa estar. Os ex’s não deixam de ser ex’s. Thank you, next.
Quando chegarem a Portugal logo verei.
#TheGlitterDream