O Natal não é para todos (e está tudo bem)

Luzes, música, cheiro e sabores, memórias. Para uns, uma rom-com em que acaba sempre tudo bem. Para outros, um thriller, tenso e difícil de ver. Nem todos vemos os mesmos filmes, principalmente no que toca a memórias e vivências pessoais e familiares. O Natal não tem de ser (e não é) obrigatoriamente feliz e mágico para todos e está tudo bem com isso. Vamos falar sobre isso?

  • Perder alguém é tremendamente doloroso mas no Natal, a dor parece ganhar mais eco. Os lugares vazios à mesa não encontram conforto nas luzes e presentes e de repente, o Natal parece só um lembrete chato de que as coisas mudaram e de que tudo nunca mais será igual. E sim, é ok chorar nos brindes (ou em qualquer outro momento!).
  • É só ouvir as primeiras notas de “All I Want for Christmas Is You” que algumas pessoas sentem uma melancolia que não sabem explicar. Flashes da infância, momentos que não voltam e uma sensação de que o tempo está a passar demasiado rápido. É como se o Natal nos agarrasse pelo colarinho e dissesse: “Lembras-te daquele tempo que nunca mais vais viver outra vez?”
  • “Um bom Natal e umas boas entradas”. A pessoa até quer viver o Natal mas esta última parte, é logo aquele reminder de todas as coisas que queríamos fazer e não fizemos, o que prometemos mudar e não mudamos. E se isto for uma questão para nós, não há espírito natalício que aguente. Mas hey! Mesmo que algumas dessas coisas dependessem de ti, se não conseguiste é porque não tiveste as ferramentas certas ou simplesmente não era o momento. Sê mais gentil contigo.
  • Por último, nem toda a gente sente a “magia” do Natal e está tudo bem! Há quem não se encante com as luzes, não anseie pelos presentes e não considere “the most wonderful time of the year” assim tão wonderful. E sabes o que é pior? Ser julgado por isso. Parece que não gostar do Natal é um crime social. Calma, não é. Cada um sente à sua maneira e isso é mais do que válido.

Alguns conselhos Glitter:

Respeita aquilo que sentes. Sentir tristeza no Natal é tão válido quanto sentir alegria. Seja saudade, nostalgia ou decepção, acolhe esses sentimentos já que fazem parte de quem tu és é e do que já viveste. Não te forces a estar feliz só porque o mundo inteiro parece estar. Spoiler: não está.

Dá Espaço para os outros sentirem diferente. Da mesma forma que a tua tristeza é válida, a alegria dos outros também é. Se um amigo está felicíssimo com o Natal, tenta não ser o “Grinch” da história dele. E se tu és a pessoa animada, dá espaço para os outros sentirem como quiserem. E porque não tentar ajudar? Às vezes só basta ouvir.

Cuida-te. Se o Natal é uma data complicada, dá a ti mesmo o presente de um pouco de paz. Tira um momento só para ti. Um banho quente, um filme que adores, um livro que nunca tens tempo para ler.

Bottom line: não existe uma fórmula certa de viver o Natal. Esquece a ideia de que o Natal “perfeito” é o que aparece na TV. Para uns festa e outros silêncio. Paz ou confusão. Todas as formas são válidas. No fim de contas, talvez o verdadeiro espírito natalício seja exatamente este: respeitar todas as histórias e aceitar cada um, como é.

#TheGlitterDream